domingo, 13 de setembro de 2009

45 a disparar, 45 a gerir

Num fim-de-semana em que os aviões dominam os céus da cidade do Porto, o Dragão afundou o barco de Matosinhos.

Mais um jogo, mais três pontos para o Nosso Clube frente à equipa "vinda do mar". Tal como na época passada, um jogo com cinco golos, mas desta vez não houve surpresas, e o FC Porto venceu categoricamente o Leixões.

Uma 1ª parte de luxo permitiu-nos chegar ao intervalo com o jogo resolvido. Os quatro disparos ao barco do Leixões, feitos por Varela, Hulk, Rolando e Falcão foram o expoente máximo de 45 minutos à campeão!

Com os três pontos garantidos, e embora muitos quisessem que o FC Porto mantivesse o mesmo caudal ofensivo, era tempo de pensar no próximo compromisso (frente ao Chelsea, naquela que dizem ser a melhor competição de clubes do mundo...), e por isso, o FC Porto optou por uma atitude de gestão do jogo, precavendo lesões, dando também descanso a dois dos jogadores mais utilizados até ao momento, tanto no clube como nas selecções (Álvaro Pereira e Raúl Meireles).

Vimos finalmente Valeri durante cerca de 30 minutos. Atendendo à atitude do FC Porto na 2ª parte, com uma menor intensidade ofensiva, torna-se difícil fazer uma avaliação inicial a este médio, que é visto como uma boa alternativa a Meireles ou Belluschi. Ainda é cedo para o dizer, mas esperemos que confirme as credenciais que trouxe da Argentina.

Escusadas foram aquelas "auto-estradas" abertas aos jogadores do Leixões na parte final do jogo. Mesmo com a vitória assegurada, houve momentos de desconcentração que não se admitem...

Os destaques da partida vão para os do costume: Hulk, que regressou à competição com um golo, e foi durante toda a partida o grande motor de ataque; Varela, que voltou a marcar (Rodríguez não terá vida fácil para lhe roubar o lugar); Falcão, o tal jogador que em quatro jogos marcou quatro golos; e Álvaro Pereira, que apesar de ter jogado apenas 45 minutos, esteve presente em três dos quatro golos do FC Porto.

Raúl Meireles continua em baixo de forma... será que o facto de agora ser a maior figura do meio-campo após a saída de Lucho do clube, lhe está a pesar demais? Esperemos que se apresente bem melhor em Londres. Correctíssima a decisão de Jesualdo Ferreira em substituí-lo no início da 2ª parte, também para o poupar a nível físico, depois de dois desgastante jogos ao serviço da selecção.

Agora há que preparar o jogo da competição dos maiores e melhores, frente ao poderoso inglês Chelsea.

1 comentário:

  1. Foi um jogo de duas faces. A primeira, que teve a duração de cerca de 50 minutos (40 da primeira parte mais 10 da segunda) em que a equipa revelou ambição, classe, capacidade e eficácia.

    A segunda, uma verdadeira seca.

    Esta segunda face, tem a minha tolerância tendo em conta os contornos em que aconteceu (resultado volumoso, desgaste dos internacionais utilizados, necessidade de gerir o esforço face ao jogo próximo da Liga dos Campeões), mas que diabos, a um tetracampeão, mesmo em ritmo de treino, é exigível um nível de qualidade que respeite os espectadores que se deslocaram para o ver jogar.

    Talvez um pormenor para o qual o plantel não seja sensível.

    Enquanto houve futebol de bom recorte técnico o FC Porto demonstrou estar no bom caminho.

    Este jogo deu para ver a consolidação na equipa de alguns dos novos jogadores, com destaque para Álvaro Pereira, Bellushi, Silvestre Varela e Falcão.

    Veremos na próxima terça-feira se a equipa já está à altura dos jogos de maior exigência.

    Um abraço

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