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Jogador nortenho que começou a carreira desportiva no Lusitano de Vila Real de Santo António, onde se encontrava a cumprir serviço militar. Depois vai para o Belenenses para a 1ª divisão, pois o seu jeito para o futebol não passou em branco. De seguida vai para o FC Porto e é lá que atinge o seu auge enquanto jogador. Alinhou no Porto de 1952/53 até 1959/60, onde conquistou 2 campeonatos (com os célebres Yustrich e Bella Guttman)e 2 Taças de Portugal.
Homem culto, teve sempre a paixão pela leitura (lia Miguel Torga, Ary dos Santos, entre outros) e por ser treinador de futebol. Talvez por isso tenha iniciado logo de seguida a carreira de treinador. Já enquanto jogador do Porto tirara o curso de treinador da Federação Portuguesa de Futebol e de seguida o muito prestigiado da Federação Francesa de Futebol. Em 1961 é campeão europeu (ou equivalente) pela selecção Portuguesa de sub-21. Depois de treinar Académica, Leixões e Varzim, chega ao FCP em 1966. Na época de 67/68 é despedido em conflito com a direcção. Assina pelo Setúbal e consegue excelentes êxitos a nível nacional e internacional. Depois passa pelo Boavista. Os adeptos do FC Porto sempre desejaram o seu regresso, o que veio a acontecer pela mão do então director desportivo Pinto da Costa. Corria a época 1976/77. Ganha a taça nesta época e é campeão nas 2 seguintes, terminando o jejum de 19 anos, quando foi campeão como jogador. A mistura explosiva destes dois homens do Porto e nortenhos convictos, que sempre lutaram contra o poder central de Lisboa (ficaram célebres algumas expressões de Pedroto contra "os roubos de igreja" a favor dos clubes de Lisboa, tal como o próprio dizia) começa a dar resultados e a ganhar inimigos. Entre eles, e um pouco inexplicavelmente, o presidente do FC Porto Américo de Sá, que despede Pinto da Costa. Pedroto despede-se com ele por solidariedade e assina pelo Guimarães. Regressa em 1982 já com Pinto da Costa como presidente. Mas não conseguiu qualquer campeonato. Uma Taça de Portugal e uma Supertaça e a final da Taça das Taças em 1984 (num jogo com muita batota contra a Juventus de Platini), são os últimos grandes feitos deste treinador em vida.
Esteve afastado do banco na época 83/84 em mais de metade da época e acaba por sucumbir à doença em 7 de Janeiro de 1985. Mas estará sempre ligado à história do futebol pela mudança que provocou no futebol português, à qual o povo do Norte e o Porto muito tem a agradecer. Hoje, Pinto da Costa ainda se mantém na liderança do clube, e o que vemos é um Super Porto que, nos últimos 25 anos, conquistou mais títulos que nunca e o poder central de Lisboa diminuiu… Pode-se dizer que muito disto foi graças a Pedroto que enquanto vivo mudou mentalidades e atitudes, e depois de falecer… obtiveram-se os resultados.
Embora nenhum dos autores destes blogue tenha sequer 25 anos de idade, só podemos dizer: "Obrigado Mestre".
Eterno.
ResponderEliminarO FCPORTO que hoje vemos muito se deve a este enorme Senhor...
Abraço
O Tunel Dourado em http://carregaporto.blogspot.com
O Mestre dos mestres !
ResponderEliminarUm abraço